segunda-feira, 24 de março de 2008

13/03/2159



Estou perdendo tempo, e isso acontece tão depressa. É tão mais difícil esperar o tempo chegar do que vê-lo ir embora. Realmente o tempo demora pra chegar e vai embora rapidamente. Eu? anfitrião da minha vida, recebo o tempo e deixo-o partir a contra gosto. Não pudemos tomar nem um café, nem ao menos recordarmos dos velhos tempos e rir das besteiras de antigamente. Ele não me espera, não me respeita. Viola meus pensamentos, meu corpo, transforma toda uma vida sem pedir licença, sem dar ouvidos.
Mas esse tempo que me mata, tabém é o que me mantém vivo. Nada posso senão esperá-lo, nada posso senão vê-lo partir. Por isso espero, paciente o dia que não o verei mais em minha porta e aí então poderei também entrar, sentar e conversar sobre a vida.

quinta-feira, 6 de março de 2008

o medo me faz político. Cada meio sorriso, cada gesto como espasmo, reflexo. É como perder tempo e correr atrás somente dele. Sentir-se inábil e impotente perante atitudes tão simples. Esse medo, que corrói meus nervos, minhas mãos. Que prende minha imaginação, também instiga solidariedade. Desejo de aproximação, assumir a fraqueza. Dividir a esperança. Um medo que me faz social, um ser social. Político.