terça-feira, 28 de junho de 2011

Os dois, caminhos

Lado a lado, nas ruas. Sem ver lojas, vitrines, pequenas ou charmosas, cidades, francesas. Caminham rápido quase, procuram, por entre as pessoas do passeio, desviam, gritando desculpas, satisfeitos, beijam-se desesperadamente. Tropeçam pelas guias, repletos, completamente bêbados de amor, drinks, deslizando pelas vielas, postes, embaraçados pelos abraços, desprendidos, soluçantes gemidos, risonhos. Perdidos por inocências, doces, determinados por se sentirem em casa, desconfiados, das nove as dez, transbordam, inconstantes lancinantes inebriantes muito antes de haver, caminhos, quaisquer resquícios de inevitáveis, fluxos, encontros com o destino, sabedorias. Lapsos distantes de estrelas iluminadas, disacordos, febrís calados pela atenção, tesão, animais racionais por limitação, confusos e distraídos de seus, ofegantes, respeitos sem intenções infantis, brasis. Falas palavras e, músicas, artigos irrefutáveis, inconcebíveis, odisséias apaixonadas, adolescentes, despresíveis, tão cruéis quanto a felicidade.

Não há modo mais cruel de ser feliz do que a dois.

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